Paul Éluard, pseudônimo de Eugène Emile Paul Grindel (14 de dezembro de 1895, Saint-Denis, perto de Paris - 18 de novembro de 1952, Charenton-le-Pont, perto de Paris) foi um poeta francês, autor de poemas que circularam clandestinamente durante a 2a Guerra Mundial, contra o nazismo.
Participou no movimento dadaísta, foi um dos pilares do surrealismo, abrindo caminho para uma ação artística mais engajada, até filiar-se ao partido comunista francês. Tornou-se mundialmente conhecido como O Poeta da Liberdade.
É o mais lírico e considerado o mais bem dotado dos poetas surrealistas franceses.
Participou no movimento dadaísta, foi um dos pilares do surrealismo, abrindo caminho para uma ação artística mais engajada, até filiar-se ao partido comunista francês. Tornou-se mundialmente conhecido como O Poeta da Liberdade.
É o mais lírico e considerado o mais bem dotado dos poetas surrealistas franceses.
3 Poemas
AMOROSA
Ela pousa em minhas pálpebras,
Ela pousa em minhas pálpebras,
Põe seus cabelos sobre os meus,
Tem a forma de minhas mãos,
Tem a cor dos meus olhos,
Tem a cor dos meus olhos,
Se entranha em minha sombra
Como uma pedra contra o céu.
Ela nunca fecha seus olhos
Nem me deixa mais dormir.
Em pleno dia, seus sonhos
Dissipam os sóis,
Fazem-me chorar, chorar e rir,
Falar sem ter nada para dizer.
Falar sem ter nada para dizer.
Acaricia o horizonte da noite, busca o coração de azeviche que a aurora recobre de carne. Ele te porá nos olhos pensamentos inocentes, chamas, asas e verduras que o sol ainda não inventou. Não é a noite que te falta, mas o seu poder.
ORDEM e TURBULÊNCIA DO AMOR
Para começar citarei os elementos
A tua voz os teus olhos as tuas mãos os teus lábios
Eu vivo sobre esta terra e pergunto-me
Se nela viveria se tu nela não estivesses também
Neste banho postado em face
Do mar de água doce
Neste banho que a chama
Edificou nos nossos olhos
Este banho de lágrimas jubilosas
Em que penetrei
Pela virtude das tuas mãos
Pela graça dos teus lábios
Este estado humano primordial
Como uma pradaria dos começos
Os nossos silêncios as nossas palavras
A luz que se vaiA luz que de novo volta
A aurora e o crespúsculo fazem-nos rir
No cerne do nosso corpo
Tudo se torna flor e amadurece
Sobre a palha da tua vida
Onde deito a velha carcaça
Em que me tornei por fim.
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